terça-feira, 14 de outubro de 2008

A mim

A casa emite seu eco,
Vazio e profundo.
Vazio e profundo assim está o pensamento.
Em um passeio por esses corredores,
O frio começa pelos pés e vai até o peito,
No frio, o frio azulejo.
Aquele olhar dentro dos olhos era apenas um olhar
E o velho relógio atinge suas doze badaladas,
Som repentino que corta a madrugada,
Percorre as ruas e alcança você,
Mas não há nada para se dizer.
Sentada na cadeira da sala,
Respiração suspensa pelos desejos distantes,
Chata calma chata que é quebrada.
Passos a mim,
Cheiro, mãos, cabelos, lábios.
Dentro de mim,
Agora é o momento
E dentro de mim,
Menos vazio e mais profundo,
Tudo está em paz.

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